o silêncio é barulhento dentro da minha cabeça cansada
sou peso em cima do entulho que um dia eu chamei de lar
fantasmas aparecem a todo tempo e eu não mecho um músculo
deixo que levem do resto que ficou
imagino a cidade vazia, ruas (completamente) desertas
o aperto é grande dentro do meu coração feliz
que pouco a pouco se acostuma com o que virá
o mundo era pequeno dentro da minha cabeça grande
em um espaço enorme com os olhos pequenos
faz pouco tempo que eu reparei no horizonte a minha vida inteira
as nuvens giram com a terra (planeta) e se dissipam
eu continuo sem saber pra onde vou (aqui)
eu queria voar por aí
mas mantenho meus pés no chão aonde eu possa ver
eu preciso de um abajur
eu preciso viver
ps.: manuel de barros precisava ver a cena (à "gramatica expositiva do chão", dele) e ao zé (gentileza) que me deu esse presente e me fez pensar tanto bem.
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