todas as inquietações da alma
nuas e expostas ao vento
tatuadas em papel a4
penduradas por barbantes
perduradas em nós
nuas tomam banho de sol
a espera da chuva
junto com os prédios
as árvores e toda essa gente
essa gente toda
a poeira dos outros
escondida em baixo dos tapetes
envolto por móveis
escondido por tijolos
colocados a mil
aos milhões de tijolos
a poeira dos outros
espalhadas pelas empregadas
no ponto de ônibus
nuas se despem em palavras
como quem diz
essa gente é gente também
apesar do que tem
apesar do que não tem
a poeira dos outros nunca convém
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