a coisa que eu mais tenho feito desde então é parar pra pensar. certas horas isso se torna um defeito, eu sei, mas é assim que me protejo. a conclusão é sempre óbvia. eu já vi esse filme antes, não há nada de novo no seu 'me evitar', não há nada de novo que você possa me explicar. como esse mundo é engraçado, agora quem foge sou eu. eu não imponho condições pra você voltar. eu não preciso de provas, promessas, ou indulgências. eu só preciso que você esteja aqui as seis, como sempre fez. mas o paradoxo disso tudo, é que pra isso acontecer você precisa deixar de ser tão você as vezes. você é como um filme ruim, que eu já sei fim, e não é nada original.
para ler ouvindo nada original do pato fu.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
sem necessidade para capitulo 2
Nesse momento R se jogou contra A e a abraçou e beijou com tamanha força e paixão que nem se A fizesse todos os esforços que conseguisse conseguiria se soltar. E os míseros cinco segundos de resistência mostraram que ela não queria se soltar. Foi um beijo longo e demorado onde tudo se explicava sem brigas ou pretensões. Logo estavam sobre a cama e mais rápido ainda sob os lençóis, onde se tornavam um só mais uma vez. E depois de cinco anos ainda conheciam cada pedaço do corpo um do outro. R ainda sabia fazer A feliz. A ainda se lembrava como era sorrir daquele jeito sem nenhum esforço. Eles eram um novamente, até o destino, o tempo, e o medo separa-los de novo e de novo e de novo.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
interjeição
ah, se você soubesse
ficaria pro jantar ou iria as seis?
ah, se coubesse tudo que eu pensei dizer.
ah, se eu soubesse como te fazer feliz
ficaria até o amanhecer?
ah, se coubesse um pouco mais de nós
em você.
ficaria pro jantar ou iria as seis?
ah, se coubesse tudo que eu pensei dizer.
ah, se eu soubesse como te fazer feliz
ficaria até o amanhecer?
ah, se coubesse um pouco mais de nós
em você.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
sobre agum tempo (perdido) atrás
apague a luz do teu quarto e pegue o telefone
agora vamos alimentar a saudade com vozes
e iludir nossos corações com risadas
você fala tanta coisa sem sentido
mas só tua voz vai me fazer dormir essa noite
a tua risada empolgada de criança mimada
e teus sonhos de adulto que só quer brincar
a distancia me abraça
e a sua distancia me corrói
refaço todos os planos pra te ver
mas vou esconder essas palavras aqui
quem sabe um dia você possa saber.
agora vamos alimentar a saudade com vozes
e iludir nossos corações com risadas
você fala tanta coisa sem sentido
mas só tua voz vai me fazer dormir essa noite
a tua risada empolgada de criança mimada
e teus sonhos de adulto que só quer brincar
a distancia me abraça
e a sua distancia me corrói
refaço todos os planos pra te ver
mas vou esconder essas palavras aqui
quem sabe um dia você possa saber.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
fobia
você
diz ser uma mulher feita
mas não passa de uma criança medrosa
com medo do escuro
com medo de se machucar no escuro
de que esse machucado vire dor
que essa dor se transforme em cicatriz
e que essa cicatriz nunca suma.
é tanto medo
que nem meus beijos e abraços no escuro
foram capaz de te dar coragem
eu sei
fui incapaz
amar é como andar de bicicleta
mesmo com o joelho e cutuvelo ralados
e a barriga gelada de nervossismo
a gente sempre tenta de novo e de novo
nada paga aquela sensação de voar
sem as rodinhas laterais para nos amparar
o vento batendo livre no rosto
e o controle suficiente para desviar das pedras no caminho
toda essa sensação de liberdade
vale a pena
pelo menos pra mim
e pra você?
diz ser uma mulher feita
mas não passa de uma criança medrosa
com medo do escuro
com medo de se machucar no escuro
de que esse machucado vire dor
que essa dor se transforme em cicatriz
e que essa cicatriz nunca suma.
é tanto medo
que nem meus beijos e abraços no escuro
foram capaz de te dar coragem
eu sei
fui incapaz
amar é como andar de bicicleta
mesmo com o joelho e cutuvelo ralados
e a barriga gelada de nervossismo
a gente sempre tenta de novo e de novo
nada paga aquela sensação de voar
sem as rodinhas laterais para nos amparar
o vento batendo livre no rosto
e o controle suficiente para desviar das pedras no caminho
toda essa sensação de liberdade
vale a pena
pelo menos pra mim
e pra você?
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
sobre a estrada sem asfalto ou cor
então vamos brincar de desistir? já não temos mesmo mais nada a perder. já nos adequamos as mentiras (àquelas que a gente conta pra si mesmo), e o cansaço dessa viajem me impede de querer vencer. é que eu já não quero mais ser um vencedor. ganhar não faz sentido algum quando não se reconhece mais o valor do prêmio. seu bom dia já não passa de boa educação e seu boa noite não me traz sonhos bons. vamos tomar caminhos opostos na próxima bifurcação. quem sabe por caminhos distintos não chegamos no mesmo lugar?
sábado, 29 de janeiro de 2011
sem necessidade para realejo
tudo vai ficar bem. nós vamos ficar bem. e (in)felizmente, tudo vai acontecer como eu planejei. vamos nos afastar até percebermos existir um sem o outro. alguém vai me roubar de você, outro alguém vai te roubar de mim, e vamos jurar de pés juntos que fomos só mais um engano. nada mais que isso, enquanto o resto do mundo sabe o que nascemos pra ser. apenas amigos é como se diz.
Assinar:
Postagens (Atom)