me diz:
qual é o caminho certo?
onde eu acerto
pra você notar
não se trata de coragem
se trataria se tivesse alguma
se trata de medo
dos seus dedos
que seguram esse cigarro como uma armadura
queria saber
mas deixa estar
ganhei um caneco
com suas iniciais
fiz dele um boneco
onde eu bebo café
cerveja as vezes
quando você esta perto
meu medo se vai
com você, meu medo
medo de não sei o que
talvez de ir embora
de nunca saber
e se tivesse ficado?
e se tivesse te amado?
como nunca te amei.
se eu fosse mais sincero
e soubesse dizer
tudo que eu não sei escrever
faria difereça?
se eu fosse mais sincero
se eu batesse no peito e gritasse
"eu" no coração do mundo
se gritasse "eu" no seu coração
faria diferença pra você?
sexta-feira, 29 de abril de 2011
sexta-feira, 18 de março de 2011
sobre a música ainda sem nome
o que ela tem, que não me deixa entrar?
porque tanto se esconde, esquece meu nome?
o que eu fiz de mal, há não ser te querer pra mim?
foi só um temporal, flores pra ti
que não gosta de flores
eu ouvi você falar
que não quer mais dores
e já não sabe mais se sequer
dançar, aquela canção
sem verso ou refrão
que eu fiz pra te guiar
pro meu coração
sem pressa ou razão
só pra ver você ficar
pede uma água, quem sabe um café
te escrever foi mais fácil
no momento eu me entrego
e disfarço as palavras, mantenho o relato
de que você me faz mais falta do que deve sentir
eu me perdi
de novo e de novo
o mesmo esboço de tudo que você vai falar
de novo e de novo
vem dançar
aquela canção...
porque tanto se esconde, esquece meu nome?
o que eu fiz de mal, há não ser te querer pra mim?
foi só um temporal, flores pra ti
que não gosta de flores
eu ouvi você falar
que não quer mais dores
e já não sabe mais se sequer
dançar, aquela canção
sem verso ou refrão
que eu fiz pra te guiar
pro meu coração
sem pressa ou razão
só pra ver você ficar
pede uma água, quem sabe um café
te escrever foi mais fácil
no momento eu me entrego
e disfarço as palavras, mantenho o relato
de que você me faz mais falta do que deve sentir
eu me perdi
de novo e de novo
o mesmo esboço de tudo que você vai falar
de novo e de novo
vem dançar
aquela canção...
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
pontos
eu apaguei seus recados. rasguei nossas fotos. troquei o número do meu celular e mudei de e-mail. mudei o itinerário para não passar mais por aquela escada. troquei de travesseiro, de colchão, de lençol, mudei os moveis de lugar, e se pudesse tinha mudado de casa. encaixotei alguns discos para ficar mais difícil escuta-los, mudei a marca do cigarro e comprei um tênis novo. cortei o cabelo, fiz a barba que você tanto gostava, emagreci. fui rever velhos amigos, visitar parentes, passei três dias fora de casa. aprendi a fazer café, soltei pipa como na infância, assisti mais aos noticiários, fui ao campo de futebol extravasar. sai a noite sem rumo, sozinho, com fome. voltei de manha, sem rumo, sozinho, sem nome. comecei e não terminei três livros, ganhei umas rugas. pensei em reformar a casa. marquei os dias nos calendários, respirei fundo, tomei mais um café. queimei mais um cigarro e desisti. liguei pedindo pra você voltar.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
dejavu
a coisa que eu mais tenho feito desde então é parar pra pensar. certas horas isso se torna um defeito, eu sei, mas é assim que me protejo. a conclusão é sempre óbvia. eu já vi esse filme antes, não há nada de novo no seu 'me evitar', não há nada de novo que você possa me explicar. como esse mundo é engraçado, agora quem foge sou eu. eu não imponho condições pra você voltar. eu não preciso de provas, promessas, ou indulgências. eu só preciso que você esteja aqui as seis, como sempre fez. mas o paradoxo disso tudo, é que pra isso acontecer você precisa deixar de ser tão você as vezes. você é como um filme ruim, que eu já sei fim, e não é nada original.
para ler ouvindo nada original do pato fu.
para ler ouvindo nada original do pato fu.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
sem necessidade para capitulo 2
Nesse momento R se jogou contra A e a abraçou e beijou com tamanha força e paixão que nem se A fizesse todos os esforços que conseguisse conseguiria se soltar. E os míseros cinco segundos de resistência mostraram que ela não queria se soltar. Foi um beijo longo e demorado onde tudo se explicava sem brigas ou pretensões. Logo estavam sobre a cama e mais rápido ainda sob os lençóis, onde se tornavam um só mais uma vez. E depois de cinco anos ainda conheciam cada pedaço do corpo um do outro. R ainda sabia fazer A feliz. A ainda se lembrava como era sorrir daquele jeito sem nenhum esforço. Eles eram um novamente, até o destino, o tempo, e o medo separa-los de novo e de novo e de novo.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
interjeição
ah, se você soubesse
ficaria pro jantar ou iria as seis?
ah, se coubesse tudo que eu pensei dizer.
ah, se eu soubesse como te fazer feliz
ficaria até o amanhecer?
ah, se coubesse um pouco mais de nós
em você.
ficaria pro jantar ou iria as seis?
ah, se coubesse tudo que eu pensei dizer.
ah, se eu soubesse como te fazer feliz
ficaria até o amanhecer?
ah, se coubesse um pouco mais de nós
em você.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
sobre agum tempo (perdido) atrás
apague a luz do teu quarto e pegue o telefone
agora vamos alimentar a saudade com vozes
e iludir nossos corações com risadas
você fala tanta coisa sem sentido
mas só tua voz vai me fazer dormir essa noite
a tua risada empolgada de criança mimada
e teus sonhos de adulto que só quer brincar
a distancia me abraça
e a sua distancia me corrói
refaço todos os planos pra te ver
mas vou esconder essas palavras aqui
quem sabe um dia você possa saber.
agora vamos alimentar a saudade com vozes
e iludir nossos corações com risadas
você fala tanta coisa sem sentido
mas só tua voz vai me fazer dormir essa noite
a tua risada empolgada de criança mimada
e teus sonhos de adulto que só quer brincar
a distancia me abraça
e a sua distancia me corrói
refaço todos os planos pra te ver
mas vou esconder essas palavras aqui
quem sabe um dia você possa saber.
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