quarta-feira, 8 de agosto de 2012

porto, ponte, âncora, paz

essas ruas me trazem ventos que eu não sei porque
essa vista me cega e me entorpece de paz
eu já não lembro o tempo que me trouxe até aqui
nada me enlouquece nesses dias de cais

é um estar pleno de graça sem perigo
e achar abrigo onde tiver que ser
o interior corre no seu próprio caos
a cidade esquece o que precisa ter

entre fumaças e destinos eu sigo sorrindo
passos largos, torto, perdido, caminho
eu noto que o sino não bate outra vez

eu que há muito não ouvia nada
já não sabia que som fazer
ouvi o ruído da vida chegando outra vez

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