domingo, 18 de novembro de 2012

porta

para ler ouvindo: 5 a seco - pra você dar o nome

ontem eu fui dormir e acordei com você colada no meu corpo, quase como se fizesse parte dele. eu sorri quando me dei conta mas é estranho toda vez você dizer que não sabe o que quer e pedir pra eu te esquecer dizendo que nunca mais vai voltar. e toda vez eu suspiro chateado e refaço meus planos fazendo o café da segunda-feira.
tento não me mexer na cama mas meu braço esta dormente e eu não sei o que vou dizer quando você acordar. quer dizer, eu estava bem sabe? eu sempre fico bem, eu sempre me acostumo e de meio ano pra cá eu mais dou risadas e faço apostas com os meus amigos do dia da semana ou do evento que vamos nos encontrar de novo, e você vai dizer que não mas seu sorriso e sua mão tremula vão dizer que sim e eu sempre digo pra você fazer o que seu coração mandar sem o minimo de esperança que ele dê a ordem final pra você ficar comigo. mas eu sempre quero ver onde vai dar e sempre da assim, comigo esquecendo de pedir as chaves do apartamento e do meu coração de volta.

- bom dia!
- bom dia.
- o café esta em cima da mesa.
- forte ou fraco?
- amargo.
- desculpa.
- tudo bem, pode ficar o quanto precisar.
- eu não pretendo ir embora dessa vez.
- eu acredito.
- então porque esta olhando pra janela?
- porque eu não quero acreditar.
- então porque fez tanto café?
- porque sou educado.
- então seja educado e olha pra mim!
- vai vestir uma roupa!
- pra que? você gosta do meu corpo. e já que vou ficar quero ficar à vontade.
- você sabe que não vai ficar.
- mas o tempo que eu ficar quero que seja como se eu nunca fosse embora.
- porque você faz isso?
- porque é assim que eu sei amar. se não fosse assim eu não te amaria tanto...
- você é um inferno!
- eu sei.

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