domingo, 17 de fevereiro de 2013

terminal ferroviário; estação central

ouça: harmada - avenida dropsie

o calor incomoda, os oculos marcam e a camisa suada já faz parte do corpo. os pés não sustentam os joelhos que não sustentam os quadris que não sustentam o coração. a cabeça em outro lugar que não o chão, os prédios em volta, a vida real. o minerio estilhaça os poros do corpo feito caco de vidro; no ar, como se fosse ar, misturado a fumaça do cigarro da cidade e do trem. trem que não vem, trem que não vai. relogio que anda mas não sai do lugar. tempo que não voa porque a gravidade é maior. em frente aos trilhos, em meio as pessoas, preso na mente, sentado torto. tudo é maior. e o menor resquisio de vontade é ouro. ouro de tolo pra se convencer. mas o trem vem, perco a hora, perco o chão. tomo café no bar.

3 comentários:

  1. pô cara, essa última frase ai você copiou da música "luz fria" da Harmada, né por nada não, bjs
    http://letras.mus.br/harmada/1884530/

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