pele, carne, osso e coração
unha, sujeira, ardor e concreto
meço minhas palavras em oração
o céu invade a torre do meu prédio
procuro explicações que não chegam das nuvens
e vou pra debaixo da terra com as minhas
porque rio na cara da desgraça que me pune
porque querer ser eu mesmo toda a vida
na via todavia contramão
na mão tudo aquilo que me despeço
de tudo que me é ilusão
no sorrio o controverso
da métrica que me assassina
pra eu me sentir vivo no inverno
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