- então... me fale sobre você...
- ah... me ascende um cigarro... e isso basta.
- você é tão simples assim?
- na verdade...
- sim, eu quero saber a verdade...
- sabe, uma frase pequena, um sorriso de lado. e o silêncio na sala de star... é, talvez esse seja meu mundo. e eu nem quero mudar...
- me abraça forte e dança devagar?
segunda-feira, 31 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
sem necessidade para titulos
quatro e quinze da manhã. josh olhava fixamente o teto enquanto rebeca suspirava em seu peito. a fumaça do cigarro fazia desenhos bucólicos ao colidir com a pouca luz tímida e azul que vinha do poste e invadia o quarto escuro. desde a uma da manhã, os olhos de josh só desviavam do teto para olhar o telefone mudo sobre o criado mudo. e que continuava mudo esperando clarice ligar fazia um ano apenas.
sábado, 22 de maio de 2010
nós
- quem é você? porque parou pra me ouvir? agora que a saudade me deixou tão bem, e a bebida já não faz mas tanto estrago assim...
- e eu que não sou dependende de ninguém? nem da minha própria confusão, que eu criei pra me afastar.
- estando cercado, preso entre nós, do que devo me lembrar?
- desculpe, mas eu ainda não aprendi a te decifrar.
- então respire, e beba mais um copo d'água com bastante gelo, e continue a sorrir, como se não houvesse mais ressaca.
- ou como se ninguém mais precisase preocupar.
- eu que não me vejo agora. tão distante do que sou. me procuro há algumas horas. sem ter hora pra voltar.
- eu te procuro há algumas horas, será que é tarde pra voltar?
- me espere no primeiro taxi, para abrir a porta. eu não trouxe malas só alguns pedaços de papel, que eu escrevi algo borrado, pra mudar.
- eu que não vejo agora tão distante do que sou, te procuro há algumas horas. sem ter hora pra voltar.
- me procuro há algumas horas. será que é tarde pra voltar?
- eu não quero mais voltar.
- e eu que não sou dependende de ninguém? nem da minha própria confusão, que eu criei pra me afastar.
- estando cercado, preso entre nós, do que devo me lembrar?
- desculpe, mas eu ainda não aprendi a te decifrar.
- então respire, e beba mais um copo d'água com bastante gelo, e continue a sorrir, como se não houvesse mais ressaca.
- ou como se ninguém mais precisase preocupar.
- eu que não me vejo agora. tão distante do que sou. me procuro há algumas horas. sem ter hora pra voltar.
- eu te procuro há algumas horas, será que é tarde pra voltar?
- me espere no primeiro taxi, para abrir a porta. eu não trouxe malas só alguns pedaços de papel, que eu escrevi algo borrado, pra mudar.
- eu que não vejo agora tão distante do que sou, te procuro há algumas horas. sem ter hora pra voltar.
- me procuro há algumas horas. será que é tarde pra voltar?
- eu não quero mais voltar.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
sem necessidade para heróis
descanse agora
se vale a pena o que passou
e não tenta mudar
o que não foi feito pra entender
descanse agora
eu não quero mais lutar
contra o que eu já nem sei
eu juro nunca mais voar
outra vez
descanse agora
se sabe bem o que ganhou
porque não quer mais ganhar
o que não foi feito pra perder?
descanse agora
nem as estrelas querem mais brilhar
mas por tudo que fez
quem sabe um dia ainda podemos voar
outra vez
se vale a pena o que passou
e não tenta mudar
o que não foi feito pra entender
descanse agora
eu não quero mais lutar
contra o que eu já nem sei
eu juro nunca mais voar
outra vez
descanse agora
se sabe bem o que ganhou
porque não quer mais ganhar
o que não foi feito pra perder?
descanse agora
nem as estrelas querem mais brilhar
mas por tudo que fez
quem sabe um dia ainda podemos voar
outra vez
terça-feira, 18 de maio de 2010
epilogo
estamos vivendo um escândalo de sutilezas. uma forma geométrica amorosa não identificada. um duelo de egos e de sentimentos tão confusos quanto o próprio corpo humano. tudo isso por sermos tão jovens. e acabamos por morrer pela boca. seja pela boca de outra pessoa, em beijos ansiosos por todo amor que houver nessa vida, seja pela nossa própria boca, pronunciando palavras que jamais deveriam ser ouvidas por ouvidos alheios. o que acontece, é que infelizmente parece que seremos jovens para sempre nessa terra de ninguém.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
efemêra
quanta pena sinto de vocês, pobres solitários orgulhosos, cheios de si mesmos, afogados nas próprias desculpas pra disfarçar a procura incessante pelo amor que não sabem mais viver. erguem fortalezas de plástico e castelos de areia, pra esconder corpo e alma tão frágeis, e juram pra si mesmo ter construído algo forte aí dentro. incapazes de usar o passado como uma ponte pro futuro, são meras crianças com medo do escuro. julgam amantes de inventar passados e se remeteram ao tão fiel amor, e se esquecem da dádiva de se dividir em alguém. e se esse alguém um dia for embora e levar sua metade? pra quem tem o dom de amar, se reencontrar em outra metade talvez não seja tão ruim assim. a vida não é feita de uma história só. nascemos para viver várias, mesmo que doídas, nos fazem estar vivos. afinal, qual é o sentido de fugir de você mesmo preso em outro alguém? qual é o sentido em negar felicidade mesmo que efêmera? a efemeridade dos sentimentos consiste em ele renascer. tolos, procuram viver uma vida só de sorrisos, evitando ser machucados por outras pessoas. mas não percebem que machucam a si mesmo, sentindo prazer e luxuria quando a lua aparece, e sentindo solidão e angustia quando ela vai embora. se esquecem que as luzes artificiais se apagam, e a luz do sol pode cegar os olhos de manha. e de manha só sobra a ressaca moral, de estar mentindo pra si mesmo. é pelo simples prazer que me dá estar dentro de seu corpo uma vez ou outra, sentir que quanto mais forte a armadura, mais fraco é o que ele esconde. tenta mentir que suas palavras de 'eu te adoro' nunca chegariam a um 'eu te amo' porque continua a se iludir que é da boca pra fora. mas sabe que tudo que queria era dizer a verdade, e acaba dizendo, entre mentiras sinceras e beijos que não conseguem esconder o coração que grita alí dentro por carinho. a única coisa que espero abrindo minha porta e ringindo acreditar em todas as mentiras ditas, é que você realmente acredite que me deixou sem saída, para que quando eu encontra-la, você possa aprender o quanto é pior enganar a si mesmo e acreditar que só se vive uma vez.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
redenção
e eu não vou passar daqui
você é como um anjo caído
seu sorriso ilumina minha escuridão
seu cabelo brilha ao sol
sua voz é um ultraje aos deuses
você é tão jovem e vigoroso
desafiando a vida com seus excessos e inconsequência
e me encontra sempre as onze
quando a noite começa
e é aí que minha sanidade termina
mas eu não vou passar daqui
todo sonho que você me dá
toda a carência que você dizima
toda respiração onde me falta ar
todo pelo que em mim arrepia
sinto que te amo mais do que a mim
sinto que de mim tu foges mais do que imagino
mas porque sempre volta?
sabe que não posso passar daqui
seguro meu coração na ponta dos dedos
que teima em correr pro seu peito
eu nego de pé junto
e de joelhos separados
parece loucura mas
pare de roubar meu melhor sorriso
pare de ascender o meu mais belo olhar
não quero fugir de mim
não quero me abrigar em você
não quero morar no teu ciúme
não quero me esconder no meu orgulho
não quero me encontrar nos teus versos
mas quero fugir de você
embora saiba que vai estar em todo lugar
nego o que meus olhos não veem
renego tudo que teimo em sentir
até a próxima onze
quando eu já não vou estar mais aqui
porque quando te vejo
costumo não me lembrar quem escreveu
essa carta pra você.
você é como um anjo caído
seu sorriso ilumina minha escuridão
seu cabelo brilha ao sol
sua voz é um ultraje aos deuses
você é tão jovem e vigoroso
desafiando a vida com seus excessos e inconsequência
e me encontra sempre as onze
quando a noite começa
e é aí que minha sanidade termina
mas eu não vou passar daqui
todo sonho que você me dá
toda a carência que você dizima
toda respiração onde me falta ar
todo pelo que em mim arrepia
sinto que te amo mais do que a mim
sinto que de mim tu foges mais do que imagino
mas porque sempre volta?
sabe que não posso passar daqui
seguro meu coração na ponta dos dedos
que teima em correr pro seu peito
eu nego de pé junto
e de joelhos separados
parece loucura mas
pare de roubar meu melhor sorriso
pare de ascender o meu mais belo olhar
não quero fugir de mim
não quero me abrigar em você
não quero morar no teu ciúme
não quero me esconder no meu orgulho
não quero me encontrar nos teus versos
mas quero fugir de você
embora saiba que vai estar em todo lugar
nego o que meus olhos não veem
renego tudo que teimo em sentir
até a próxima onze
quando eu já não vou estar mais aqui
porque quando te vejo
costumo não me lembrar quem escreveu
essa carta pra você.
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