sábado, 22 de maio de 2010

nós

- quem é você? porque parou pra me ouvir? agora que a saudade me deixou tão bem, e a bebida já não faz mas tanto estrago assim...
- e eu que não sou dependende de ninguém? nem da minha própria confusão, que eu criei pra me afastar.
- estando cercado, preso entre nós, do que devo me lembrar?
- desculpe, mas eu ainda não aprendi a te decifrar.

- então respire, e beba mais um copo d'água com bastante gelo, e continue a sorrir, como se não houvesse mais ressaca.
- ou como se ninguém mais precisase preocupar.

- eu que não me vejo agora. tão distante do que sou. me procuro há algumas horas. sem ter hora pra voltar.
- eu te procuro há algumas horas, será que é tarde pra voltar?

- me espere no primeiro taxi, para abrir a porta. eu não trouxe malas só alguns pedaços de papel, que eu escrevi algo borrado, pra mudar.

- eu que não vejo agora tão distante do que sou, te procuro há algumas horas. sem ter hora pra voltar.
- me procuro há algumas horas. será que é tarde pra voltar?
- eu não quero mais voltar.

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