sábado, 10 de dezembro de 2011

despejo

eu passo tão rápido que quase não da mais pra notar. eu não tenho gostado de barulho ultimamente. e nessa época do ano quando chove então, só um guindaste pra me tirar de casa. eu me recolho ao meus papeis, aos meus bocejos, a minha preguiça e as minhas desilusões. eu arranho o violão, finjo que estou limpando a casa, rio de qualquer bobagem na tv e durmo. durmo e continuo dormindo sem entender. sonho sem entender porque. faço drama sem entender o porque e parece tão idiota depois. me escondo num copo de cerveja esperando a vida deixar tudo bem pra não ter que explodir e jogar a cerveja pro alto e gritar para o inferno com suas voltas, suas intrigas, suas imposições. cada vez mais respirando devagar. cada vez fugindo mais das luzes que eram tão minha casa naquelas noites sem fim. eu não te reconheço mais, cidade sem ninguém.

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