terça-feira, 7 de maio de 2013

o diário dos novos dias

não são sete da manhã e a cidade já pulsa desenfreada seus carros e sua gente mal dormida com cara de sono, e cansada pela falta de sonho (a novela acabou as 22 e pouco). já vi o céu de quase todas as cores e na falta de fones de ouvido fica ressoando qualquer barulho desconexo que vira qualquer melodia indecifrável e sem drama. não atravesso mais o sinal vermelho nem esbarro em gente que não conheço. em contrapartida não abraço meus amores e afins. eu sinto falta falta desses prédios enormes e desbotados, a natureza opaca criada pelo homem que ganha vida pelas histórias que ganham vida pela vida que pulsa desenfreada pelos seus corredores, escadas e janelas. a gente pulsa a cidade que pulsa os prédios que pulsam a gente que pulsa amor pelo que quer que seja, escondido onde quer que esteja. o belo horizonte anda cada vez mais belo, de qualquer lugar que eu veja.

Um comentário:

  1. Que bom que, apesar de tudo, você ainda consegue enxergar o belo do nosso horizonte. Coisa de que só os poetas são capazes.

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