domingo, 13 de junho de 2010

sem necessidade para thais.

planos, conquistas, caminhos, subversão. ela tentou. pelo menos ela disse que tentou.
sentado no banco daquela praça, toda aquela história do velhinho que olhava fixamente para aquele prédio, todos os dias, passava como um filme na minha cabeça. ainda lembro dele narrando:
- desliguei o telefone e sai correndo. usei todas as minhas economias e peguei um táxi. ascendi um cigarro. apaguei um cigarro. bati cabeça e chutei bancos. "eu não posso". arrependimento. e depois o telefone toca sem parar. ninguém atende do outro lado. engarrafamento. pulo carros, atropelo pessoas. desculpas. tropeço no primeiro degrau. entro e bato a porta do quarto. mas é tarde de mais.
o velhinho se levantou e numa espreguiçada disse:
- vou caminhar um pouco. a vida é curta de mais para histórias.

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