quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
sobre tudo que eu não sei falar
terça-feira, 30 de novembro de 2010
sobre nostalgias
sábado, 30 de outubro de 2010
sobre dulce num país de plastico
dulce despertou de um sonho bom, num lugar estranho e com a cabeça pesando mais do que seu corpo. tentou levantar para entender o que estava acontecendo, mas a gravidade não deixou. quase ia adormecer novamente, quando lembrou-se de olhar pro lado. uma garota jovem bonita, e loira, aparentando seus vinte e cinco anos, sentava em uma cadeira simples, devorava uma lasanha requentada enquanto assistia um filme b qualquer que passava na tv. ela tinha olhos fortes e azuis e vestia uma camisa social masculina enorme e um short de pijama verde apenas. reparou que sua convidada bela adormecida tinha acordado e olhou para ela abrindo um largo sorriso. e indagou:
- finalmente acordou branca de neve?
- ahn... acho que sim.
a loira dona do apartamento se levantou e abrindo a porta da geladeira lhe ofereceu uma cerveja. "é ótimo para curar a ressaca" disse entre gargalhadas. dulce sorriu e apoiando na parede conseguiu sentar-se na cama. tinha certeza de que boa coisa não tinha feito para estar ali, mas estranhamente se sentia bem, apesar da dor de cabeça latejante e gosto estranho na alma do que aconteceu. a loira se aproximou de novo e lhe entregou um copo d'água com um remédio para dor de cabeça. eram cinco e trinta da manha e lá fora alguma vida começava a pulsar. mas lá dentro de dulce ela sentia que a vida dela tinha parado de pulsar ali.
- então, não vai começar com aquelas perguntas do tipo 'quem sou eu?' 'como eu vim parar aqui?' 'quem é você?' e etc não?
- eu ainda to meio perdida eu acho... - a loira riu.
- entendo. bom, meu nome é thais. acho que vai ser muita informação pra sua cabeça agora, mas você não se lembra de nada do que aconteceu né?
- só me lembro de ter ido a festa e ter começado a beber. depois não lembro de mais nada...
- parece eu olhando para mim há dez anos atrás. incrível.
- mas eu fiz muita merda?
- muita? só o suficiente para ser expulsa da festa. você chegou como a garota mais bonita da festa, a carne nova do pesado. todos te pagavam bebida e você dançava como se não se houvesse amanhã. e direto de expulsavam do banheiro porque estava comendo alguém lá. daí você começou a usar alguma coisa estranha e e começou a chorar. os caras não paravam de chegar em você mas você não queria mais e começava a gritar e estapeá-los. depois disso te expulsaram e tinha um cara te esperando lá fora. vocês discutiram aos berros e você deu um tapa na cara dele. no segundo seguinte ele saiu andando e você caiu na sarjeta em mais choro e começou a vomitar. foi aí que eu te socorri até a minha casa. te dei um banho, você vomitou meu banheiro inteiro e acordou a vizinha mais chata do prédio. te dei meu pijama preferido e você desmaiou falando alguma coisa sobre amar alguém, mas estar fugindo disso como nunca fugiu de nada na vida, e adormeceu feito um anjo caído. e agora estamos aqui. fim.
dulce olhava fixamente o copo e as coisas que thais falava passavam como um filme mal rodado em sua cabeça. havia um nó em sua garganta que a fazia suspirar vez ou outra em busca de ar. finalmente se recostou na parede e deu um longo suspiro. quebrando o silêncio entre o final do relato e seus pensamentos confusos.
- o que eu faço da vida agora?
- você não tem casa? pai? mãe?
- eu fugi de casa pra ir naquela festa - disse com um sorriso irônico de quem tinha acabado de se enterrar viva.
- é garota, você está perdida. sabe, talvez você possa ficar aqui um dia ou dois, até por as idéias no lugar. depois disso tente voltar pra casa dos seus pais e vá atrás daquele garoto que você deu o tapa. ele sim te ama de verdade, as pessoas daquela festa não. agora eu vou caminhar, volte a dormir até essa dor passar ok?
thais foi dizendo isso e deitando dulce na cama novamente e a cobrindo como se fosse uma filha. deu-lhe um beijo na testa e desejou bons sonhos. dulce agradeceu e sorriu. a cama de thais era quente e aconchegante e principalmente segura. não queria sair dalí nunca mais. thais ascendeu um cigarro quando estava saindo e antes de fechar a porta olhou fixamente para aquela garota deitada alí em sua cama. era como se olhasse para si mesma há 10 anos atrás. suspirou, pegou um papel com um endereço rabiscado escrito 'thomas'. sorriu um sorriso sincero, grande. fechou a porta, ainda sorrindo bastante. e saiu.
domingo, 10 de outubro de 2010
Se você estivesse aqui para escrever essa canção.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
sobre os haicais jogados alí
as vezes você liga e eu nem atendo.
as vezes todos os meus discos só fazem lembrar você.
as vezes eu não os entendendo.
as vezes eu queria fechar os olhos e te beijar.
mas acabo que só lamento.
porque se um dia você me deixar.
não vai existir remendo,
que vá juntar de novo,
o que eu pretendo não unir.
não vai existir remendo
pra curar o sofrimento
e todo esse tormento
de você existir.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
quatro
- eu sinto muito. ela não mora mais aqui.
inc: monno - quem sabe
zander - polvora
legião urbana - acrilic on canvas
sábado, 7 de agosto de 2010
prólogo
- Então, como está São Paulo?
- Ah, o mesmo caos de sempre. Mas você deveria ir pra lá...
- Você sabe que odeio aquela cidade tanto quanto você.
- Mas ela seria menos chata se você estivesse lá...
- E sua mãe? Deveríamos aproveitar que você está de férias e visita-la...
- É, eu conversei com minha irmã. Podemos ir pra lá semana que vem...
- Eu não sei porque insisto nisso! Eu vou visitar a tua mãe enquanto você desaparece e se aproveita nos braços daquelas vagabundas de São Paulo! Que ódio
- Já ouviu aquela teoria de que todo cachorro sem dono sonha em ter um lugar pra voltar?
- Não começa...
- Sério, se você fosse comigo eu não teria porque sumir mais...
- Você sabe que não duro em São Paulo 3 dias...
- Podíamos mudar pra Santos!
- Santos?
- Sim, Santos. Conseguiríamos um apartamento fácil lá com nossos amigos. Dinheiro não é problema, e lá não é tão irritante quanto São Paulo, nem tão pequeno quanto Gramado, e fica perto da minha vida...
- Porque você faz isso comigo?
- Porque se um dia eu pensei em ter um dono, esse dono seria você.
- Mas porque isso agora?
- Porque eu cansei de fingir que você está lá pra eu ficar feliz. Daí quando eu acordo e percebo que não é você e que foi tudo uma ilusão da minha cabeça, minha vontade é pegar o primeiro avião e vir te ver. E é isso que acontece, eu desisto de ficar longe de você. Eu desisto. E queria que você desistisse também...
domingo, 1 de agosto de 2010
sem necessidade para preocupações
sobre a madrugada
- o que tem de mais em ser eu?
- eu não sei. só sei que queria causar em você o que você causa em mim.
- mas eu não me apaixonaria por mim...
- agora é tarde...
segunda-feira, 12 de julho de 2010
a bailarina e uns goles a mais
- desculpa.
- exatamente pelo que?
- você sempre está aqui, mesmo não querendo estar. e eu sempre fujo pra não sei aonde...
thaís deu o primeiro meio sorriso em meio a maquiagem borrada. ainda sem desviar o olhar ou sequer mudar de posição, thomas suspirou:
- é que você é meu tipo de garota-problema preferido. sabe, olhos ocres, sem fundo, e um ar de impossível, inalcançável e inatingível que por mais que eu consiga alcançar, eu não consigo.
thais nunca entendeu thomas. e a partir daquele momento ele desistiu de vez. se levantou com movimentos leves, pois a cabeça doía de tanto chorar, recostou seu corpo nas mãos apoiadas na parede e se pôs a observá-lo. ele ainda fitava o chão. ela nunca tinha parado para olha-lo daquele modo. não se sabe se foi aquela música que começou a tocar na festa que ainda acontecia, ou se a madrugada realmente é outro mundo, mas thais percebeu que thomas era seu tipo de garoto-solução preferido. e que por mais que ela fugisse ou tentasse se esquivar, sua ideia de que ainda existia um mundo colorido só existia porque thomas fazia o papel de príncipe encantado que resgata a princesa presa na mina de carvão.
Obs.: adaptado de Duas e Meia e Epílogo, ambas músicas da banda carioca Darvin.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
sobre sonhos
- você viu o quanto esse amor é frágil?
- porque isso dói tanto?
- aquela escadaria representa sua própria devoção. a fragilidade, a dor, a impermanência... é seu amor.
- então, qual é a dor do amor?
- qual o propósito de subir essa frágil e incerta escada? a escadaria pode desaparecer sozinha. não há nenhuma prova de que A esteja lá em cima. você pode provar que seu amor não passa de uma mera ilusão?
Y continuou subindo a escadaria de vidro.
- olhe pra você. se afogando em feridas causadas por esse seu "amor".
Y tropeçou em um dos degraus da escadaria. os estilhaços invadiam sua pele relembrando toda a dor que já sentira.
- agora esqueça isso. se você fizer, você vai ser salvo do sofrimento, e irá voltar para seu mundo.
- nunca.
- isso não faz sentido. você está predestinado a perder tudo por uma garota. você desperdiçou seu amor com ela.
- o que eu posso fazer? eu me apaixonei...
Ato II
- me desculpe, esqueça de mim. vá! não se preocupe. se eu sumir, não irei lamentar nada disso. foi só por um momento, mas eu sei o que significa ter você.
- você sabe... o que significa?
Ato III
- é verdade, não há nada no mundo que seja certo. mas, mesmo que seja por um minuto, mesmo que seja um momento passageiro, eu sei que eu a amo.
Obs.: Adaptado do ultimo episódio da série de Anime Video Girl Ai de Masakasu katsura.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
sobre os livros que não lemos
sábado, 19 de junho de 2010
sem necessidade para (re)encontros
terça-feira, 15 de junho de 2010
poeira
domingo, 13 de junho de 2010
sem necessidade para thais.
sentado no banco daquela praça, toda aquela história do velhinho que olhava fixamente para aquele prédio, todos os dias, passava como um filme na minha cabeça. ainda lembro dele narrando:
- desliguei o telefone e sai correndo. usei todas as minhas economias e peguei um táxi. ascendi um cigarro. apaguei um cigarro. bati cabeça e chutei bancos. "eu não posso". arrependimento. e depois o telefone toca sem parar. ninguém atende do outro lado. engarrafamento. pulo carros, atropelo pessoas. desculpas. tropeço no primeiro degrau. entro e bato a porta do quarto. mas é tarde de mais.
o velhinho se levantou e numa espreguiçada disse:
- vou caminhar um pouco. a vida é curta de mais para histórias.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
sobre quando paula ataca
ele entrou depressa se escondendo da chuva, todo molhado e se recostou na porta. ela deu um sorriso tímido e pensou se as pessoas naquela cidade não conheciam guarda-chuva. ele tentava recuperar o fôlego, e estava quase conseguindo quando viu paula. mas foi em vão porque seu fôlego foi embora novamente. ela foi a sua primeira visão quando entrou na lanchonete. mas ela já havia desviado o olhar. mexia o café mais depressa do que antes e agora lutava contra seu olho para não olhar pro lado. da parte dele, foi preciso que a garçonete implorasse para que ele se sentasse e pedisse algo, ou simplesmente parasse de atrapalhar a passagem das pessoas e molhar o chão. ele se dirigiu ao balcão a uma cadeira de paula e pediu um café duplo bem forte. era inverno. as primeiras palavras de paula fizeram desse um inverno mais bonito e inesquecível. as palavras dele, bem... talvez um inverno mais divertido mas não menos encantador para uma garota que nunca havia sido feliz, presa entre a sorte e o azar, tentando não se atrasar e sorrir. e como ela sorriu...
segunda-feira, 7 de junho de 2010
sobre sinceridade / sem necessidade para caio f. de abreu
- eu nunca entendi muito bem essa frase...
- é que não faz muito sentido amar alguém além de você mesmo.
- e seu eu fizesse você me amar?
- e quando você deixar de me amar? o que eu faço?
- você vai deixar de se amar por causa disso?
- você não entende.
- é, não entendo mesmo...
- é que eu não sei guardar um pedaço de mim pra amar depois, eu sempre me entrego...
- se você soubesse guardar, eu poderia te amar...
- se você soubesse amar, eu não precisaria guardar!
- então não guarde!
- mas a sua correnteza não tem direção...
- então me dê direção!
Nesse momento os olhos se perderam fixos uns nos outros. não houveram mais palavras. a água fervente para o café evaporou, e o cigarro no sincero queimou até o filtro durante quase todo o dia...
segunda-feira, 31 de maio de 2010
reticências
- ah... me ascende um cigarro... e isso basta.
- você é tão simples assim?
- na verdade...
- sim, eu quero saber a verdade...
- sabe, uma frase pequena, um sorriso de lado. e o silêncio na sala de star... é, talvez esse seja meu mundo. e eu nem quero mudar...
- me abraça forte e dança devagar?
quarta-feira, 26 de maio de 2010
sem necessidade para titulos
sábado, 22 de maio de 2010
nós
- e eu que não sou dependende de ninguém? nem da minha própria confusão, que eu criei pra me afastar.
- estando cercado, preso entre nós, do que devo me lembrar?
- desculpe, mas eu ainda não aprendi a te decifrar.
- então respire, e beba mais um copo d'água com bastante gelo, e continue a sorrir, como se não houvesse mais ressaca.
- ou como se ninguém mais precisase preocupar.
- eu que não me vejo agora. tão distante do que sou. me procuro há algumas horas. sem ter hora pra voltar.
- eu te procuro há algumas horas, será que é tarde pra voltar?
- me espere no primeiro taxi, para abrir a porta. eu não trouxe malas só alguns pedaços de papel, que eu escrevi algo borrado, pra mudar.
- eu que não vejo agora tão distante do que sou, te procuro há algumas horas. sem ter hora pra voltar.
- me procuro há algumas horas. será que é tarde pra voltar?
- eu não quero mais voltar.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
sem necessidade para heróis
se vale a pena o que passou
e não tenta mudar
o que não foi feito pra entender
descanse agora
eu não quero mais lutar
contra o que eu já nem sei
eu juro nunca mais voar
outra vez
descanse agora
se sabe bem o que ganhou
porque não quer mais ganhar
o que não foi feito pra perder?
descanse agora
nem as estrelas querem mais brilhar
mas por tudo que fez
quem sabe um dia ainda podemos voar
outra vez
terça-feira, 18 de maio de 2010
epilogo
segunda-feira, 17 de maio de 2010
efemêra
quinta-feira, 13 de maio de 2010
redenção
você é como um anjo caído
seu sorriso ilumina minha escuridão
seu cabelo brilha ao sol
sua voz é um ultraje aos deuses
você é tão jovem e vigoroso
desafiando a vida com seus excessos e inconsequência
e me encontra sempre as onze
quando a noite começa
e é aí que minha sanidade termina
mas eu não vou passar daqui
todo sonho que você me dá
toda a carência que você dizima
toda respiração onde me falta ar
todo pelo que em mim arrepia
sinto que te amo mais do que a mim
sinto que de mim tu foges mais do que imagino
mas porque sempre volta?
sabe que não posso passar daqui
seguro meu coração na ponta dos dedos
que teima em correr pro seu peito
eu nego de pé junto
e de joelhos separados
parece loucura mas
pare de roubar meu melhor sorriso
pare de ascender o meu mais belo olhar
não quero fugir de mim
não quero me abrigar em você
não quero morar no teu ciúme
não quero me esconder no meu orgulho
não quero me encontrar nos teus versos
mas quero fugir de você
embora saiba que vai estar em todo lugar
nego o que meus olhos não veem
renego tudo que teimo em sentir
até a próxima onze
quando eu já não vou estar mais aqui
porque quando te vejo
costumo não me lembrar quem escreveu
essa carta pra você.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
interjeição
que pareço um de seus personagens
dos ramances de verão que você escreveu
pra passar o tempo entre uma derrocata e outra
no entanto
eu não tenho jeito pra super herói
nem me pareço com seu príncipe encatado
se não consigo salvar a mim mesmo
quem dirá te protejer de algo
porém
quem sabe um dia desses
a gente não se encontra por aí
e nos salvamos de nós mesmos
pelo menos por um instante
segunda-feira, 10 de maio de 2010
sem necessidade para (des) apego
mas
as vezes, como hoje, eu não queria que você tivesse mais que ir. e eu queria te abraçar. e desafiar os deuses pra que você estivesse sempre aqui. e ouvir sua voz doce cantando só pra mim os seus versos que eu musiquei. e olhar todos os dias seus olhos que já nem me lembro mais. e me sentir grande em teus abraços. pra eu sentir que o tempo aqui não passa. só hoje eu me toquei que só se passaram um mês. pra mim pareceu dois anos. ou mais. lá fora chove. e aqui dentro também. e sem pressa eu limpo os estragos que a tempestade da cor dos teus olhos castanhos causou.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
sem necessidade para empolgação
antigamente, quando nos encontrávamos as seis, eu fechava bem forte meus dois olhos, e você segurava meus dedos com sua mão pequena, e eu sentia seu cabelo macio afagar meu peito de leve. acho que meu coração acelerado devia machucar seus ouvidos. hoje, apenas um deles está fechado, sonhando com tudo isso. o outro está bem aberto, procurando a tempestade que chega da cor dos teus olhos castanhos. de um lado a realidade. do outro o sonho. quem é que dura mais?
quinta-feira, 6 de maio de 2010
sem necessidade para hoolywood
quarta-feira, 5 de maio de 2010
sem necessidade para nataly
palhaço preso ao passado. incapaz de te enxergar alí. e mesmo assim, tu gostou de mim.
desafinado, mas de bom coração. sorriso idiota. galanteador barato, mesmo sendo sincero. de apaixonamento fácil e coração mole. mesmo assim, tu gostou de mim.
irritada, confusa. bipolar. platônica. palhaça presa ao passado. mesmo assim, foi capaz de me enxergar alí. fraca e com o coração partido, amargurada sem encontrar seu coração. mesmo assim, e mesmo assim, tu gostou de mim.
tem medo. pavor até. tem algo que não se pode explicar. algo que enterrou, e quis esquecer. e mesmo assim, tu gostou de mim.
veio. sonhou. acordou. foi embora sem saber porque. culpou o coração. eu me culpei. mesmo não sendo capaz, eu gostei de ti.
tu sorriu seu sorriso mais belo. eu sorri meu sorriso mais sincero. tu chorou, eu olhei querendo chorar também. eu cantei, tu escutou. eu morri em seus braços. mesmo assim, tu morreu também. e mesmo tendo acordado sem saber porque, eu gosto de ti.
eu gostei de ti. eu ainda gosto. ou não mais. eu não sei. tu gostou de mim. eu gostei de ti. eu vou gostar de ti um dia. tudo gostou de mim um dia.
tu gosta de mim
eu gosto de ti
tu gostou de mim
eu gostei de ti
tu gostou
eu gostei
tu
e eu
aqui.
e somente aqui.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
sobre novo geneses
Não existem mais perigos, derrotas ou emoções, e nem preciso mais saber se eu conseguirei dar conta de todas as obrigações. Pena que quem já se foi não possa mais voltar. E nem mesmo eu possa fazer com que tudo mude outra vez, segredos não existem mais. Ninguém vai se sacrificar, e nem se você chorar, sei que verei emoção nos seus olhos pelo menos uma vez...
Mas se um dia uma nova chance aparecer diante dos seus olhos, eu aqui vou estar,vou te esperar. Será que vamos conseguir de novo?
por bill lima.
sábado, 1 de maio de 2010
sobre impetuosidade
mesmo com tanta coisa pra dizer. algumas coisas pra explicar. talvez ela entenda
- não, ela não vai entender.
- nem você entende.
ele parou por um momento
- claro que entendo!
- não, você não entende. você não está no lugar dela.
ele parou por mais um momento.
- mas as coisas podiam ser diferentes se tentasse.
- e o mundo podia ser diferente se as pessoas não fossem pessoas.
ele deu de ombros.
- e você podia ser mais bonito.
- ah, se fode.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
sobre passado, presente e futuro
- tenho ouvido falar muito de você! conseguiu ser famoso hein?
- ah, nem tanto. ouvi dizer que você se casou? - essa pergunta foi uma faca no baço.
- sim, mas acho que estou me separando. sabe, eu e allan, somos bem... - desastrosos juntos? - diferentes um do outro.
- eu sei, vocês são assim desde os dezessete anos. já se vão quase dez anos e nada mudou. - disse sorrindo, um sorriso que se pudesse poderia sangrar seu lábio e deslocar sua mandíbula ele continuou:
- bom, eu tenho que ir e...
- o que você esta fazendo na cidade?
- ah, descansado dessa confusão toda e...
- o que vai fazer amanha a noite?
- bom, na verdade eu nem arrumei lugar pra dormir ainda e...
- se não for tarde para um café... - ela fez uma pausa como se esperar ele responder "eu estarei na sua casa em dez minutos".
- ah, eu te ligo!
- ah, ok!
no próximo minuto, aqui deveria haver um abraço, longo, com corações batendo e memorias boas sobrevoando a cidade. aqui deveria ter uma fuga dos dois agora. amor, álcool, nicotina, risadas, motéis, histórias e deletamento total de todo o passado. mas um minuto de silêncio. e ninguém quis pagar dessa vez pra ninguém sorrir. no dia seguinte ele voltou para a capital.
terça-feira, 27 de abril de 2010
sobre perdição
sexta-feira, 23 de abril de 2010
sobre a carta emcima da mesa - song to say goodbye
quarta-feira, 14 de abril de 2010
sobre isso ser tão você
terça-feira, 16 de março de 2010
sobre ontem, hoje e amanhã
segunda-feira, 15 de março de 2010
sobre todas as coisas que eu não sei explicar
- e como eu faço pra não ter o nada novamente? não gosto dele.
- na verdade eu também não sei, mas tô afim de descobrir.
- me ensina?
- vem comigo?
- porque não?
quinta-feira, 11 de março de 2010
sobre o tempo
- porque não?
(porque toda vez que voce me olha eu perco dois segundos do ar, eu não sinto meus joelhos e todos os pelos do meu corpo arrepiam. qualquer meia palavra sua é capaz de me levar pra cama).
- porque o que aconteceu é passado. eu não posso mais.
- porque não? não poder não é não querer.
( porque eu sou uma idiota, nunca fui capaz de te esquecer. mesmo estando feliz com outra pessoa, eu não consigo. então eu fujo)
- tchau. eu não tenho mais 17 anos.